Biomarcadores de exposição
Como determinar a quantidade de 2,4-dinitrofenol a que fui exposto?
A concentração de 2,4-DNP bem como do seu principal metabolito, o 2-amino-4-nitrofenol, pode ser avaliada no sangue, na urina e em vários tecidos corporais. A determinação no sangue ou na urina são os melhores indicadores da exposição ao composto [4].
Este teste não é específico, podendo ser falseado por outros compostos presentes na urina, que contenham grupos NO2, tendo vindo a ser substituído por outros métodos. Este tipo de análise não auxilia na previsão de possíveis efeitos secundários graves [4].
Para avaliar a presença de 2,4-DNP na urina é usado o teste de Derrien. Este é um teste colorimétrico para os aminonitrofenóis, em que ocorre a formação de cor roxa na presença de 2-amino-4-nitrofenol e uma cor ligeiramente alaranjada na presença de 4-amino, 2-nitrofenol [4].


Métodos mais laboriosos, nomeadamente porque requerem etapas prévias de extração/separação do composto e seus derivados, podem ser aplicados a amostras biológicas, como é exemplo a análise por cromatografia gasosa de elevada resolução (HR-GC) associada a espetrometria de massa (MS), cromatografia líquida de elevada performance (HPLC) usando um detetor de díodos (DAD), ou por espetrofotometria [4].
Biomarcadores de efeito [4]
Como se caracterizam os efeitos causados pelo 2,4-dinitrofenol?
Exposição ao 2,4-DNP caracteriza-se por:
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Aumento da taxa metabólica basal
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Perda de peso
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Aumento da transpiração e calor
Em quantidades elevadas
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Aumento do ritmo cardíaco e da taxa respiratória
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Aumento da temperatura corporal
Indicadores razoáveis das alterações metabólicas consequentes da exposição a este xenobiótico
Pouco específicos: outros compostos podem ter efeitos semelhantes como 4,6-dinitro-o-cresol e anfetaminas
A presença do composto ou dos seus metabolitos no sangue ou urina não permite estabelecer relação com o local onde este exerce toxicidade. Porém a sua presença no humor aquoso pode indicar possibilidade de desenvolver cataratas, que podem evoluir para cegueira [4].
[4] ATSDR (1995) Toxicological Profile for Dinitrophenols.Disponível em: http://www.atsdr.cdc.gov/toxprofiles/tp64.pdf. Acedido a 26/05/2015